Teoria da Regressão
Sabe amigo leitor,
acho que tudo tem limites, e quando chega neste limite, regride e acaba. Um
exemplo disso somos nós: Quando pequenos necessitamos de ter alguém para nos
proteger, alimentar, remediar, cuidar... Daí crescemos e vivemos como devia de
ser. Então surgi, não tão de repente, a impiedosa velhice, que nos leva de
volta a infância... Fazemos caca no fraldão, comemos papinha, dependemos de
alguém novamente e morremos.
A criatividade também
regride, veja que está com tudo as tendências de outrora, a moda agora é retrô!
E o universo? Creio
que se expande até tocar nas paredes do sei lá o quê e volta, fechando-se como
a palma da mão e acaba.
Todavia esses
processos, digamos naturais, podem ser acelerado ao extremo pelo chamado
“consumismo humano”.
Exemplificarei.
O homem necessita de
boa alimentação, atividades físicas, saúde, amor, paz e satisfação pessoal para
ter uma vida digna... Caso falte um dos elementos necessários para cada ser
humano, com seus sonhos e peculiaridades, provavelmente o mesmo não terá uma
velhice muito agradável.
Já se a criatividade
não encontrar espaço para crescer, se essa perdurar retida em sites de
relacionamento, textos prontos, programas toscos de televisão, se abafada pelo
comodismo humano, diminuída e desprezada pela sociedade, ela acabará.
Então, amigo, tudo
depende do tal “consumismo humano”, uns consomem demais outros de menos e
outros só consomem porcarias.
Sobre o universo... O
mundo grita! O mundo grita por não saber rolar de escada a baixo! Daqui ouço
seus gemidos. Veja como até o nosso pensamento regride, éramos o centro
do universo, depois uns meros macacos evoluídos e agora somos apenas
carrapatos! Carrapatos incapazes de medir a dimensão dos seus estragos,
parasitas dos sertões hospedados numa carcaça em rotação e translação. Sugando
o planeta sem piedade alguma e sem pensar em ninguém.
Vasculhando a Las
Vegas do meu cérebro, percebi que existem milhões de maneiras de retardar a
destruição do mundo. Não, não falo em respirar menos, tampouco racionar papéis
(entraria em depressão!), mas quem sabe plantar uma árvore, um m² de verde, uma
flor, deixar um pássaro livre, um peixe na água, uma torneira fechada, uma
lâmpada apagada, usar papeis reciclados ou de áreas reflorestadas, usar menos
arrogância e mais bom humor, dar um bom dia, ser mais solidário com o
próximo...
Se todos fizessem não
tudo, mas o seu possível, o mundo e seus futuros habitantes agradeceriam.
Tento aqui sustentar
os limites do universo com os dedos, traduzindo através da escrita algumas
idéias e pensamentos. Porém sozinha não sou nada, todavia sei que és esperto
amigo e compromissado leitor, sei que acharás uma dentre milhões de maneiras de
ajudar nossa azulada terrinha também. Ou, regredirás até o título desta crônica?
Lua Jeniffer, 2010
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